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Biguaçu

Até 2035, cerca de 50% dos ônibus urbanos novos no Brasil serão elétricos, aponta estudo da Anfavea com BGC

Ainda de acordo com o trabalho entregue ao vice-presidente Geraldo Alckmin, a venda de veículos híbridos e elétricos leves pode ultrapassar a de veículos a combustão até o fim desta década

ADAMO BAZANI

Um estudo elaborado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o BCG (Boston Consulting Group) aponta que até 2035, aproximadamente 50% dos novos ônibus urbanos emplacados no Brasil serão elétricos.

O trabalho foi apresentado nesta quinta-feira, 05 de setembro de 2024, e o Diário do Transporte acompanhou. O estudo foi entregue ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do “Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços”.

Segundo o estudo, intitulado “Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil”, para o segmento de veículos pesados, as vendas com novas tecnologias de propulsão podem representar 60% em 2040. Em aplicações como ônibus urbanos, as versões elétricas podem ultrapassar 50% já em 2035.

Como mostrou o Diário do Transporte com exclusividade nesta quinta-feira, 05 de setembro de 2024, esta tendência está começando.

A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) mostrou que entre janeiro e agosto de 2024 na comparação com o mesmo período de 2023, os emplacamentos de ônibus elétricos no Brasil cresceram 600% com um volume de 203 unidades ante 29.

A ampliação da frota da capital paulista, mesmo não alcançando a meta de 2,6 mil ônibus até o fim de 2024 pela falta de infraestrutura, e os 2.549 ônibus elétricos previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal devem estimular um crescimento ainda maior em curto e médio prazos.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2024/09/05/emplacamentos-de-onibus-eletricos-sobem-600-caio-eletra-lidera-no-acumulado-e-mercedes-benz-em-agosto

Em relação aos veículos leves, os emplacamentos de modelos híbridos e elétricos podem ultrapassar aos de veículos a combustão até o fim desta década, atingindo 1,5 milhão em 2030, podendo representar mais de 90% em 2040.

O levantamento mostra ainda que, atualmente, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do Brasil. Se o ritmo atual de crescimento for mantido, as emissões poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040.

Mas o desenvolvimento de modelos com tecnologias alternativas aos combustíveis fósseis pode trazer um cenário mais favorável, segundo a Anfavea e o BGC.

O estudo mostra que mais veículos híbridos e elétricos, além da ampliação do uso de biocombustíveis, pode proporcionar uma redução de até 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 15 anos.

Segundo a Anfavea e a empresa de consultoria, essa redução pode ser ainda mais expressiva, alcançando 400 milhões de toneladas de CO2 no mesmo período de 15 anos, caso sejam adotadas as seguintes medidas:

  • Renovação da frota;
  • Inspeção veicular;
  • Aumento do poder calorífico dos biocombustíveis;
  • Implementação de programas de reciclagem veicular

INFRAESTRUTURA:

A Anfavea e o BGC ainda apontaram que é importante produzir veículos não poluentes, mas é necessário pensar também na infraestrutura, seja de transmissão e distribuição de energia elétrica, pontos de recarga para os veículos e, também, na melhoria da cadeia produtiva dos biocombustíveis.

“Esse avanço envolve o desenvolvimento de um ecossistema abrangente, que inclui a cadeia de fornecedores, infraestrutura de recarga, geração e distribuição de energia, além da produção de biocombustíveis”. – concluiu o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

A falta de infraestrutura tem sido um dos maiores entraves para que as frotas de ônibus elétricos não avancem nas cidades, como ocorre com a capital paulista, onde a meta até o fim de 2024 é de 2,6 mil ônibus elétricos, mas operam cerca de 200 com bateria.

O ESTUDO:

Elaborado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o BCG (Boston Consulting Group), o estudo intitulado “Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil”, levou 13 meses para ser elaborado, com mais de cinco mil horas investidas.

Foram realizadas cerca de três mil entrevistas com diretores e executivos do setor automotivo, autoridades de governo, consumidores e frotistas com participação na China, Europa, EUA, América Latina e Índia.

Fonte: https://diariodotransporte.com.br/2024/09/05/ate-2035-cerca-de-50-dos-onibus-urbanos-novos-no-brasil-serao-eletricos-aponta-estudo-da-anfavea-com-bgc/

Foto: Lucas Marques/Ônibus Brasil
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